O que escolher, pilates ou musculação?
01/02/2012
Tenho visto com uma certa frequência atletas de corrida comentarem sobre o que treinar para complementar seus treinos. De forma geral, alguns tem suas próprias ideias e formas de treinamento. Muitas pessoas não tem paciência de praticar a musculação e acharam no pilates uma alternativa complementar.
A cada ano que se inicia, promessas das mais variadas surgem, inclusive aquelas relacionadas à atividade física. Não é muito difícil ouvirmos “este ano eu começo a fazer academia” e, diante de tantas opções oferecidas para todos os gostos, é comum as pessoas terem dúvidas em qual escolher. Uma das frequentes interrogações é a respeito do que diferencia e no que se assemelha a musculação e o Pilates.
Apesar de terem uma metodologia e linha de trabalho diferentes, ambos podem promover a melhoria da postura e do equilíbrio muscular. Ainda não existe uma condição dizendo que quem faz Pilates não pode fazer musculação e vice-versa. Pelo contrário, um pode complementar o trabalho realizado pelo outro na medida em que acionam camadas musculares diferentes do nosso corpo.
Na musculação, o foco são os músculos mais superficiais, chamados de mobilizadores, responsáveis pelos movimentos de grande amplitude, como o agachamento e a flexão de braços. Dentre os objetivos do treino estão, por exemplo, o aumento de força e resistência muscular. Inclusive, por ter como característica este trabalho superficial, os resultados estéticos tendem a aparecer mais rápido para os adeptos.
O método desenvolvido por Joseph Pilates ativa a musculatura mais profunda, como o transverso do abdome, multifídios e todos os músculos que envolvem as articulações (estabilizadores), depois age na musculatura mais externa. Esses músculos mais internos são fundamentais para a constituição de uma estrutura forte e livre de lesões.
A ênfase dada ao abdome e aos músculos lombares torna a técnica excelente para quem deseja uma barriga consistente e se ver longe de dores nas costas. O aluno também consegue definir a musculatura sem aumentar o seu volume, ou seja, o foco do pilates não é hipertrofia. Diferentemente da musculação, o resultado do pilates não está estritamente relacionado ao número de repetições. Pelo contrário, é priorizada a qualidade do movimento.
Naturalmente, ambas as práticas trazem benefícios ao corpo e geram bem-estar, além de se serem indicadas para auxiliar na performance de esportes como corrida, ciclismo e natação. Agora, se você está interessado em saber se o Pilates é melhor ou não que a musculação, saiba que é impossível fazer qualquer afirmação deste gênero, uma vez que não existe um exercício melhor do que o outro. Há, sim, aquele que é mais indicado para o seu perfil e que irá auxiliá-lo a atingir os objetivos desejados.
Por David Homsi - Webrun
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