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Brasil: a bola da vez no mundo dos negócios do esporte

02/10/2009

Se puder eleger dois fatores que foram fundamentais na escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas 2016, escolho o ineditismo (pelo fato do continente Sul Americano nunca ter recebido tal evento) e também as perspectivas de crescimento econômico que o Brasil tem demonstrado, conquistando a confiança até dos desconfiados especialistas estrangeiros.

 

Com a garantia da realização dos dois maiores eventos do gênero nos próximos anos, não tem como negar que o País é a bola da vez no mundo dos negócios esportivos. Sendo assim o País passa a ter duas grandes oportunidades para fazer o correto, sem erros (estou falando de todos) como os que ocorreram no Pan-Americano, para fomentar o esporte e a economia como um todo, para deixar legados reais e justos para a sociedade, para criar uma política esportiva num País onde os vencedores são exceções, pelos mais diversos motivos, mas principalmente porque não recebem apoio algum do governo na imensa maioria das vezes.

 

Que essa seja a oportunidade de rever o papel e os papelões das confederações (inclusive a CBF, claro), ou alguém aqui sabe exatamente o que elas fazem em prol dos atletas e torneios? Por sinal, que o sistema de votação para dirigentes das confederações mude, abrindo espaços para profissionais do ramo (nunca no Brasil tivemos tantos cursos de administração e marketing esportivo, de graduação, extensão e pós-graduação) e ex-atletas com vocação.

 

Que a imprensa esportiva também se modernize e se livre de vez das pechas que a perseguem, deixando de tratar todos os esportes como futebol, analisando não só os resultados, fiscalizando, informando e, principalmente, respeitando os atletas que, por muitas vezes, são jogados ao limbo por um mau resultado (algo como ficar entre os 10 melhores do mundo). Dizem que não valorizamos nossos ídolos, mas quando e onde começa essa desvalorização?

 

No (delicado) capítulo infraestrutura é claro que o Brasil vai ter a chance de construir grandes centros esportivos, arenas modernas, reformar o entorno desses lugares, melhorando o saneamento, transporte público, segurança, etc, de todas as cidades envolvidas na Copa e nas Olimpíadas. Mas isso também pode ser o começo do maior desperdício de dinheiro público de toda a nossa história. O resto você já sabe.

 

As maiores empresas do mundo do esporte estarão por aqui nesse período. Investindo milhões de dólares em marketing, trazendo os melhores profissionais para o mercado local, realizando ações nunca antes vistas no Brasil.

São dois caminhos bem distintos para escolher e a sociedade tem papel fundamental nesse processo. Faça a sua parte, entenda que, mais do que a festa e o orgulho (que são justos), eventos dessa magnitude são fundamentais para o futuro do país.

 

Nas duas campanhas, o discurso foi “o Brasil merece esse voto de confiança, precisamos de uma chance”. Pronto, o Brasil é a bola da vez no mundo dos negócios do esporte. Que essa oportunidade não seja desperdiçada.

 

Por Fábio Kadow - Terra magazine

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